sábado, 28 de junho de 2014

Pernas pro ar

O mundo anda de pernas para o ar.
E eu, procuro me segurar em algum lugar.
Porque penso que em algum momento todas as convicções se perdem,
todos os pudores morrem, todas as verdades se transformam em mentiras.
Vale mesmo o vinho, que transforma as pessoas e seus sonhos.
Quero mesmo é dizer que não vou morder as pessoas.
Que acredito que a palavra basta.
Que os desejos sinceros se realizam á medida que a vontade permanece.
E eu permaneço.
Inteira, invicta, acreditando que mesmo com tudo fora de lugar, em algum momento as coisas se ajeitam.
Abraço sincero, para os juízes de plantão.
Julgar é tarefa difícil.
Prefiro me abster.
O mundo continua de pernas para o ar e eu tenho muito medo de que o chão não volte para os meus pés.
Mães que detestam filhos, filhos que matam pais, governo que comete homicídio.


Todo dia nasce nova notícia.
Espero que tudo seja apaziguado.
Ando com medo das novidades que virão.

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