domingo, 24 de novembro de 2013

Parece, mas não é.

Nem tudo é o que parece ser.
Nem toda informação veiculada pela mídia é verdadeira.
Nem toda história pode ser na realidade como foi contada.
Uma foto postada pela metade, uma frase interrompida, um parágrafo não editado pode mudar radicalmente a informação.
Troca-se então de sujeito, de predicado e de complemento.
E quem é réu, torna-se vítima. O algoz, vira refém.
Anda circulando a informação de que um médico cubano foi afastado de suas atividades após ter prescrito dose errada de medicação a uma criança.
A informação é esta. Resta saber de onde ela foi obtida e como.
Alguém viu a receita de forma completa? Ou foi divulgada apenas em parte?
Será que as gotas prescritas não eram a dose do dia inteiro e não apenas de uma tomada?
Será que alguém ouviu a defesa do médico?
O responsável pelo paciente foi questionado em relação ao atendimento que foi prestado e dúvidas sobre o esclarecimento do receituário?
Fica fácil fazer julgamentos quando se tem apenas parte do contexto.
Mais fácil ainda pôr o dedo em riste e apontar o erro do outro.
Não defendo médico cubano nem brasileiro.
Cada qual que responda por si e pelas suas competências (ou falta delas).
Na verdade, somos todos nós vítimas de uma política de saúde fracassada: a população, o médico brasileiro e o cubano.
Talvez ele, o médico cubano, seja vitimizado mais vezes: pelo país de origem e pelo nosso.
E a população, pelo governo e pelas partes que se enfrentam querendo vantagens a qualquer custo.
Julgar pela aparência, por ouvir dizer, por conversas de terceiros nunca foi um caminho seguro.
Vale a pena ouvir com atenção e depois, entender qual a verdade dos fatos.
Vender jornal com informações distorcidas é um bom prato para quem aceita engolir qualquer coisa.



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