Honestamente?
Não acredito que eu seja assim tão importante a ponto de o mundo todo conspirar contra ou a favor de algo que se relacione comigo...
Tanta coisa mais importante neste mundo, tanta gente morrendo, nascendo, crises financeiras, guerras, movimentos de massa, e eu aqui, pobre mortal, sem eira nem beira, não tenho o poder de atrair as alterações todas para mim.
Também não creio que tenha assim tanta relevância a ponto de modificar o trajeto de vida de alguém, de mudar uma vontade alheia, de interferir no caminho de um qualquer, no desejo de sair ou ficar, entrar ou permanecer em qualquer recinto, seja ele real ou virtual. Não, eu não sou assim tão especial... Não estou com essa bola toda.
Entretanto, gostaria de algumas respostinhas: tantas coisas que o resto da humanidade consegue assim, de forma tão tranquila como respirar, ficam embargadas quando a pessoa em questão sou eu;
o mundo inteiro se resolve, casa, descasa, namora, desnamora, cria filhos, faz e desfaz famílias e eu continuo aqui, na mesma inércia de sempre; os planetas mudam no céu e eu não mudo em nada; o mesmos protocolos emperrados, as viagens que não saem dos planos e dos emails, a casa que nunca fica pronta, a reforma que nunca termina...
Se tem alguma conjunção lunar ou solar que explique a trava, favor desenhar a explicação, por gentileza.
Não tô valendo tanta cerimõnia; as coisas para mim, podem ser mais fáceis, como é para um tantão de gente por aí, que talvez, nem seja assim tão gente fina que nem eu.
Não é por falta de oração nem de fé. Talvez esteja pedindo errado, a bem da verdade.
Mas também poderia vir um avisinho divino mostrando o erro, em caneta fluorescente, para facilitar ao menos os pedidos de agora em diante.
Quero um acertinho!
Honestamente, muita coisa entravada ao mesmo tempo para uma pessoa só!
Justiça seja feita: vamos dividir a angústia dos entraves com um resto de gente por aí que consegue muito nesta vida sem sequer se despentear...
Não sou assim tão importante para concentrar tanta atenção. Anonimato, por favor!
Para todos os assuntos que motivem conhecimento, reflexão, curiosidade e diversão. Escrever sem preocupações...
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
A Volta
Afasto-me e retorno. Arrisco uma aproximação e me esquivo.
Considero um recomeço e desisto. Tento a distância e fraquejo.
Volto porque a necessidade grita, a alma implora, a vontade de dividir é enorme e eu preciso desta partilha.
Volto porque o tempo passa ligeiro, as novidades são poucas, os desejos são grandes e a vida, esta grande brincalhona, nem sempre faz com que as charadas sejam facilmente decifráveis...
Retorno porque estou dividida entre guardar ou expôr.
Dúvidas se falo ou calo, se escrevo ou se penso e deixo tudo mesmo só no plano do pensamento.
Volto porque descubro que não sou assim tão decidida como pensava, que inúmeras possibilidades de fuga me seduzem e percebo como posso ser volúvel, volátil.
Humanamente infeliz, cheia de desânimos oscilantes, repleta de alegrias mentirosas, tentando manter a classe e a pose.
Mas eu sei que a volta é a resposta: significa que ainda não posso seguir, que existe um obstáculo a minha frente, que faltam forças para o salto, falta coragem para a fuga e sobra um tanto de saudade, que sim, é capaz de nos trazer de volta de qualquer lugar.
Retorno porque preciso de conforto, mesmo que seja transitório,
mesmo que seja dado por falsas esperanças,
mesmo que seja feito por meia dúzias de palavras que eu permito que saiam de dentro do peito...
Que seja trabalho novamente feito por mim, para mim, sem precedentes.
Considero um recomeço e desisto. Tento a distância e fraquejo.
Volto porque a necessidade grita, a alma implora, a vontade de dividir é enorme e eu preciso desta partilha.
Volto porque o tempo passa ligeiro, as novidades são poucas, os desejos são grandes e a vida, esta grande brincalhona, nem sempre faz com que as charadas sejam facilmente decifráveis...
Retorno porque estou dividida entre guardar ou expôr.
Dúvidas se falo ou calo, se escrevo ou se penso e deixo tudo mesmo só no plano do pensamento.
Volto porque descubro que não sou assim tão decidida como pensava, que inúmeras possibilidades de fuga me seduzem e percebo como posso ser volúvel, volátil.
Humanamente infeliz, cheia de desânimos oscilantes, repleta de alegrias mentirosas, tentando manter a classe e a pose.
Mas eu sei que a volta é a resposta: significa que ainda não posso seguir, que existe um obstáculo a minha frente, que faltam forças para o salto, falta coragem para a fuga e sobra um tanto de saudade, que sim, é capaz de nos trazer de volta de qualquer lugar.
Retorno porque preciso de conforto, mesmo que seja transitório,
mesmo que seja dado por falsas esperanças,
mesmo que seja feito por meia dúzias de palavras que eu permito que saiam de dentro do peito...
Que seja trabalho novamente feito por mim, para mim, sem precedentes.
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