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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
O que guardo comigo
Algumas pessoas guardo comigo, sempre. Às vezes no pensamento, quando me deito; ou logo cedo quando acordo. São elas que me recordam dos valores que aprendi e do muito que ainda tenho a conquistar. Outras pessoas, guardo no bolso. Como se guarda dinheiro ou algo assim de valor, mas que precisa estar á mão, sempre pronto. São elas que me ajudam, socorrem, aconselham... Preciso delas por perto. Algumas pessoas guardo em canções: lembro de vez em quando, mas com muita saudade e sentimento. Algo que adormece, mas não morre. Nunca. Tem gente que guardo como amuleto: pedra de sorte, cartinha de boas-vindas, lembrete de coisa importante. Assim, de forma casual, mas relevante. Não se vê todo dia, mas, se não se tem a certeza de que está por perto, parece que tudo perde o sentido... Estranhezas da vida. Há pessoas que guardo na memória: lembro de momentos, épocas, trajetórias, mas sei que elas permanecem lá, na história e muitas nem seguiram o percurso comigo. Ficaram para trás., com o tempo. Vivas na lembrança. E só. Pessoas que guardo por dentro da roupa, como a gente escondia um doce, uma bala para ninguém perceber. Essas, escondemos até dos nossos pensamentos: são proibidas, mas a gente, inconscientemente guarda a esperança, no meio do pijama, de que alguém num descuido não vá perceber, que o segredo está alí, esperando para ser revelado... Algumas pessoas guardo nos cabelos, como enfeites, porque são tão belas, tão formosas que se tem orgulho de ostentá-las. E não há melhor forma de guardar algo que se quer mostrar do que exibir... Outras pessoas guardo na bolsa, como faço com documentos: imprescindíveis, mas burocráticas. Importantes, mas enfadonhas. A gente deixa lá só para usar quando realmente for necessário... E finalmente, há aquelas que guardo no coração, bem no centro do corpo, habitando alma e pensamento, fazendo o peito apertar só de pensar na possibilidade da perda, que fazem a saudade deixar de ser palavra e se transformar em sentimento. Ficam no pulmão como o ar que respiro e me acompanham do levantar ao adormecer. Porque estão comigo, na pele, nos poros. Mimetizadas no que compreendo da minha existência por este mundinho de meu Deus...
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