Ano passado não consegui passar a data do Natal na casa dos meus pais, com minha família.
A chuva que castigou o Estado deixou muita gente sem moradia, sem como sair de casa, chegar em casa ou voltar pra ela. Eu fui uma delas. Abençoada por não ter sido atingida materialmente ou fisicamente, mas tive meu direito de ir e vir arruinado.
Foi o primeiro Natal que não estive com meus pais e meus irmãos.
A sensação que tive? Não era Natal. Era um feriado, uma data comemorativa menos importante, mas não era O Natal.
Fui acolhida pela família que a vida me deu, que são os amigos.
E por isso, jamais poderei reclamar. São mesmo bênçãos!
Foram muitos convites sinceros e um sentimento indescritível por eles.
É maravilhoso descobrir que se é amado!
Mas só que tem uma Família, que se ajuda o ano inteiro, que se lambe, se abraça, se estapeia e volta a se beijar minutos depois, sabe o valor de estar junto nesta data.
Na minha casa nunca fizemos Ceia.
O almoço do dia 25 que é o momento de reunião ao redor da mesa.
Mas, mais importante que repartir o alimento juntos é agradecer por ele.
Por isso, começamos na véspera, a entrar no clima: rezamos juntos e agradecemos a oportunidade de ter e ser família, que muitos não tem.
Porque Natal é isto: acolher o outro com amor.
Não importa a condição. O Dono da data nasceu pobre, num curral e dormiu num cocho ( sim, porque estrebaria e manjedoura, são respectivamente isso, enfeitados pelo eufemismo) mas acolhido pelos seus, com muito afeto!
Meu desejo de Natal é que todos pudessem ter a família que acolhe e ama, sem distinção, no muito, no pouco, no nada.
Hoje, quando vejo a casa cheia, as conversas e risos ecoando pelos quartos, a mesa completa e a felicidade no meio da gente, fico radiante!
Tem brinquedo espalhado, muita louça suja na pia, colchão pelo chão, mil escovas de dentes na pia do banheiro, malas pelos cantos da casa destoando por completo do senso de limpeza e arrumação que reina o ano todo. E todo mundo está alegre, feliz com a bagunça.
Porque a gente sabe que se um dia não for assim, não será Natal.
Se não houver a reza, a oração, o almoção e todo mundo se apertando no sofá para se presentear, não será Natal.
Pobre de quem não tem uma casa e uma família.
Pois mesmo na pobreza, o Dono da data teve: um lugar entre os seus, uma família e muito amor!
Feliz Nata a todos!
Que Jesus, Maria e José sejam o exemplo de família que devemos imitar: acolhimento contínuo, renúncia de si por um bem maior e aceitação plena do projeto de Deus.
Para todos os assuntos que motivem conhecimento, reflexão, curiosidade e diversão. Escrever sem preocupações...
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
A mais, a menos.
Engordei 2,5 kg.
Ainda não descobri onde estão distribuídos.
As roupas não contaram o que a balança revelou.
Então, acho que não foi no corpo; foi na alma.
Engordei em paciência.
Menos estresse e mais paz.
Engordei nos pensamentos.
Muitos, tantos, quantos nem sei!
Tanta coisa pesando na cuca, que pudera!
Aumentei o peso das responsabilidades,
das escolhas, da idade.
Engordei toneladas de preguiça!
De sono, de ócio, de bócio!
Aumentei o peso das desculpas
que invento pra mim mesma.
Engordei no chocolate e na endorfina,
que melhora o humor e afina,
não a silhueta, mas a alegria.
Mais quilos e menos medo.
Mais peso e menos pena.
Nem todo ganho é culpa.
Nem todo peso pesa.
Pesou a indiferença e o esquecimento
pra quem já me esqueceu.
Aumentou o peso da angústias, das escolhas...
Como pesam!
Ganhei massa: cerebral.
Ganhei músculos: miocárdio.
A gente apanha mas aprende.
A mais, a menos, no fim das contas,
tanto faz.
Ainda não descobri onde estão distribuídos.
As roupas não contaram o que a balança revelou.
Então, acho que não foi no corpo; foi na alma.
Engordei em paciência.
Menos estresse e mais paz.
Engordei nos pensamentos.
Muitos, tantos, quantos nem sei!
Tanta coisa pesando na cuca, que pudera!
Aumentei o peso das responsabilidades,
das escolhas, da idade.
Engordei toneladas de preguiça!
De sono, de ócio, de bócio!
Aumentei o peso das desculpas
que invento pra mim mesma.
Engordei no chocolate e na endorfina,
que melhora o humor e afina,
não a silhueta, mas a alegria.
Mais quilos e menos medo.
Mais peso e menos pena.
Nem todo ganho é culpa.
Nem todo peso pesa.
Pesou a indiferença e o esquecimento
pra quem já me esqueceu.
Aumentou o peso da angústias, das escolhas...
Como pesam!
Ganhei massa: cerebral.
Ganhei músculos: miocárdio.
A gente apanha mas aprende.
A mais, a menos, no fim das contas,
tanto faz.
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